Abelhas mortais
Em média, seis paulistas são atendidos em hospitais todos os dias, vítimas de ataques de enxames de abelhas.
De janeiro a julho deste ano foram 1.291 registros em todo o Estado, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Os dados indicam que pelo menos quatro desses pacientes morreram em decorrência do ataque de abelhas.
Entre as regiões com o maior número de pessoas acidentadas estão Campinas e Piracicaba, ambas com 218 notificações, seguidas de Botucatu, com 118 casos e Araraquara, com 114 notificações.
Em 2011, o número de notificações no Estado chegou a 2.080 de janeiro a dezembro, com três mortes.
Animais peçonhentos
Assim como escorpiões, aranhas e serpentes, as abelhas também são consideradas animais peçonhentos, em razão do veneno contido nos ferrões.
Mas, no caso das abelhas, a notificação só é compulsória em caso de vítimas de enxames.
"O efeito do veneno varia de organismo para organismo. Dependendo do número de ferroadas, da quantidade de veneno injetado e da demora em busca de auxílio médico, os ataques podem levar uma pessoa à morte caso ela seja alérgica, por exemplo", afirma Joseley Casemiro Campos, técnica de zoonoses.
Segundo ela, os acidentes normalmente estão relacionados ao ambiente de trabalho, como lavouras.
Prevenção contra abelhas
Medidas de prevenção são fundamentais para evitar os ataques de abelhas.
Entre elas, recomenda-se o uso de roupas adequadas e claras, preferencialmente brancas, em caso de manipulação das colmeias, já que o uso de cores fortes pode desencadear um comportamento agressivo das abelhas.
Além disso, é recomendável o uso de chapéus e roupas de manga longa em locais propícios ao aparecimento de enxames. Em caso de acidente, a dica é retirar os ferrões com pinças e procurar o serviço de saúde mais próximo.
"Não se deve, de forma alguma, espremer o ferrão para que ele saia, porque isso pode fazer com que ele libere mais veneno", explica Joseley.
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