15/03/2018

Grandes variações de temperatura aumentam ataques cardíacos

Redação do Diário da Saúde

Temperatura e infarto

Grandes variações de temperatura de um dia para o outro estão associadas a um número significativamente maior de ataques cardíacos.

Há um grande corpo de evidências de que a temperatura externa afeta a taxa de ocorrência de ataques cardíacos, com o clima frio trazendo o maior risco, mas a maioria dos estudos se concentra na temperatura média do dia. Contudo, mudanças repentinas de temperatura parecem ter igualmente um efeito significativo.

"Embora o corpo tenha sistemas eficazes para responder a mudanças de temperatura, pode ser que flutuações mais rápidas e extremas criem mais estresse sobre esses sistemas, o que poderia contribuir para problemas de saúde," disse o Dr. Hedvig Andersson, da Universidade de Michigan (EUA), observando que o mecanismo subjacente para esta associação permanece desconhecido.

No geral, o risco de um ataque cardíaco aumenta em cerca de 5% para cada salto de cinco graus na temperatura em graus Celsius. O efeito foi mais pronunciado nos dias com uma temperatura média mais alta; em outras palavras, um súbito aumento de temperatura parece ter um impacto maior nos dias mais quentes, lembrando que a associação típica feita até agora era com dias mais frios.

Variações de mais de 25 graus Celsius foram associados a um maior aumento nas taxas de ataque cardíaco do que oscilações entre 10 e 25 graus. Na extremidade do espectro, em um dia quente de verão com uma flutuação de temperatura de 35 a 40 graus Celsius - extremamente rara - ocorreu quase o dobro de ataques cardíacos do que em dias sem flutuação.

"Acredita-se que o aquecimento global cause eventos climáticos extremos, o que pode, por sua vez, resultar em grandes flutuações diárias na temperatura," disse Andersson. "Nosso estudo sugere que essas flutuações na temperatura exterior podem levar a um aumento do número de ataques cardíacos e afetar a saúde cardíaca global no futuro".

O que dá para mudar

O professor Hitinder Gurm, coordenador da equipe, ressalta que a associação não prova necessariamente que as mudanças súbitas da temperatura são a causa do aumento dos ataques cardíacos; outros fatores podem ter contribuído para os resultados.

Ele observa que continua a ser importante se concentrar em fatores de risco cardiovasculares modificáveis, como tabagismo, hipertensão arterial e colesterol alto.

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