Tomar vacinas provoca uma clara mudança no odor corporal.
Esta é a primeira vez que se comprova que a imunização - a ativação imunológica por meio de uma vacina - produz uma variação do odor corporal em uma intensidade que permite sua detecção e quantificação.
"Este trabalho proporciona mais provas de que é possível usar os odores para 'espionar' o sistema imunológico, o que sugere que a detecção não-invasiva de doenças pode ser possível mesmo antes do início dos sintomas observáveis," afirma o Dr. Bruce Kimball, no Centro Monell (EUA).
O estudo, realizado em cobaias, mostrou que os animais conseguem diferenciar claramente seus companheiros que receberam as vacinas.
Além disso, os animais também foram capazes de diferenciar entre odores gerados pelas vacinas e por lipopolissacarídeos, toxinas bacterianas que também ativam o sistema imunológico.
Vacina muda cheiro do corpo
"Esta pesquisa indica que existe uma rota entre a ativação imunológica e alterações nos compostos de odor do corpo, revelando um outro tipo de informação armazenada nos odores corporais," disse Gary Beauchamp, coautor do estudo.
Os resultados sugerem que vacinas diferentes alteram o odor da urina de forma semelhante, enquanto uma resposta imunológica induzida pelos lipopolissacarídeos produz um odor corporal qualitativamente diferente.
Agora os pesquisadores querem confirmar que o mesmo ocorre nos seres humanos, abrindo caminho para aplicações práticas da descoberta, sobretudo no diagnóstico de doenças.
"É provável que os seres humanos também tenham o potencial de comunicar a mesma informação, embora sejam necessárias novas pesquisas para demonstrar isso," disse Beauchamp.
Segundo a equipe, a mudança do odor corporal induzida pelas vacinas poderá ser aproveitada também para a vigilância de doenças em populações de animais selvagens - como a gripe aviária ou o mal da vaca louca, por exemplo - de forma a prevenir sua transmissão para seres humanos.
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