O uso indiscriminado de anabolizantes, principalmente entre adultos jovens preocupados com a forma física, aumenta com a chegada do verão e das férias.
Corpo enxuto e músculos definidos são os desejos de muitas pessoas para esta época do ano.
Mas não há mágica.
O uso sem prescrição médica de hormônios, mais conhecidos como "bomba", para acelerar o crescimento muscular é arriscado e perigoso.
"O uso de anabolizantes de forma indiscriminada, com objetivos estéticos, pode gerar efeitos colaterais fatais, pois esses hormônios sobrecarregam o fígado e desequilibram o organismo de forma grave", explica o hepatologista Carlos Baía, responsável pelos transplantes de fígado do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo.
Além dos riscos de tumores hepáticos, as consequências podem ser problemas cardiovasculares, impotência, atrofia testicular, falta de libido, acne, elevação do colesterol, aumento da pressão arterial e perda óssea.
Anabolizantes
Alguns produtos são derivados de hormônios masculinos, e podem causar "masculinização" de mulheres, como mudança da voz, queda de cabelos e interrupção da menstruação.
Os tumores associados ao uso de anabolizantes podem ser benignos ou malignos. Em alguns casos, o transplante de fígado pode ser a única opção de tratamento.
O ganho de massa muscular adequado precisa estar associado a uma alimentação balanceada, recomendada por nutricionistas. A dieta deve ser complementada com exercícios de hipertrofia (musculação), devidamente acompanhados por educadores físicos.
Os anabolizantes são medicamentos indicados para tratamentos específicos, supervisionados e prescritos somente por médicos, por um período de tempo predeterminado.
São utilizados para tratar desgastes da musculatura e ossos, além de serem prescritos aos portadores de hipogonadismo (homens que sofreram trauma testicular ou que tiveram que retirar os testículos).
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