Banimento do termo esquizofrênico
Pesquisadores descobriram que os profissionais de saúde - médicos, psiquiatras, psicólogos e aconselhadores - têm um viés negativo em relação ao termo "esquizofrênico" para descrever uma pessoa diagnosticada com esquizofrenia.
Os profissionais de saúde mental e conselheiros, formados ou em treinamento, participaram de uma pesquisa na qual receberam versões que usavam os termos "esquizofrênico" ou "pessoa com esquizofrenia".
Os participantes que receberam a versão contendo o termo esquizofrênico "apresentaram atitudes mais autoritárias, mais restritivas socialmente e menos benevolentes" do que aqueles que receberam a versão contendo o termo pessoa com esquizofrenia.
A conclusão dos pesquisadores é que os resultados do estudo fornecem uma evidência empírica convincente para justificar a eliminação do termo esquizofrênico da prática clínica.
"A linguagem importa. As palavras que usamos podem reduzir o estigma e melhorar a qualidade do atendimento que nossos clientes recebem, ou nossas palavras podem tornar os conselheiros menos propensos a tratar seus clientes com dignidade humana básica e respeito.
"A mensagem a se levar para casa é clara - todas as pessoas, até mesmo profissionais de saúde mental, são afetadas pelas palavras e rótulos que usamos. Agora temos evidências empíricas de que reservar um tempo para pronunciar mais algumas sílabas e incluir a palavra 'pessoa' tem potencial real para fazer a diferença na vida de nossos clientes," disse Darcy Granello, da Universidade Estadual de Ohio (EUA).
Esquizofrenia
De acordo com o manual de diagnósticos mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM), o diagnóstico da esquizofrenia exige a identificação de pelo menos dois de uma série de sintomas possíveis, incluindo psicose (perda do contato com a realidade), alucinações (percepções falsas), delírios (crenças falsas), discurso e comportamento desorganizados, embotamento afetivo (variação emocional restrita), défices cognitivos (comprometimento do raciocínio e da solução de problemas) e disfunção ocupacional e social.
Não se conhece a causa da doença, que comumente se manifesta na adolescência ou na juventude. Os pacientes apresentam alterações em várias estruturas cerebrais e alterações em neurotransmissores, como dopamina e glutamato, embora não se saiba se essas alterações são causas ou consequências da condição.
Recentemente, outra equipe denunciou um excesso de diagnósticos de esquizofrenia.
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