Acrescente gosto sem sal
Temperos industrializados, como caldos em cubos e molhos prontos são considerados alimentos ultraprocessados.
No geral, esses produtos possuem quantidades excessivas de sal, gordura e açúcares, que contribuem para o maior risco de desenvolvimento de doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer.
O sal é uma das principais fontes de sódio da alimentação e seu consumo exagerado pode resultar no aumento da hipertensão arterial - estima-se que a doença atinja cerca de 33 milhões de brasileiros.
Ervas frescas, como alecrim, manjericão, salsa, cebolinha, tomilho, hortelã e orégano são fontes de vitaminas, minerais e compostos bioativos e possuem valor calórico muito baixo.
E esses temperos frescos podem e devem ser utilizados em preparações culinárias para dar sabor e aroma às receitas, respeitando o tradicional "acrescente [muito] sal a gosto".
Feijão e saladas
Uma das dicas mais simples é reduzir a quantidade de óleo e sal no preparo do feijão, por exemplo, evitando o cozimento conjunto de carnes salgadas e optando pelo acréscimo de cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, pimenta, coentro e outros temperos naturais, bem como outros alimentos, como cenoura e vagem, que acrescentam sabor, aroma e mais nutrientes à preparação.
Ervas frescas ou secas, assim como pimenta, gergelim e outros, também ajudam na redução do uso do sal. Em saladas, o uso do limão reduz a necessidade de adição de sal e óleo.
Outras combinações podem ser feitas, como o louro em sopas, alecrim em carnes, salsa na macarronada, manjericão no molho de tomate e tomilho na batata.
Equilíbrio
Mas, é claro, isso não quer dizer que devamos dar adeus ao sal ou mesmo ao açúcar - é importante lembrar que não se deve comer sal demais... e nem de menos.
Desde que utilizados com moderação em receitas com base em alimentos in natura ou minimamente processados, os óleos, as gorduras, o sal e o açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem que ela fique nutricionalmente desbalanceada.
Outras dicas podem ser obtidas no Guia Alimentar para a População Brasileira, uma publicação gratuita elaborada pelo Ministério da Saúde.
Consumo regrado de sal
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade indicada de sódio na alimentação é de, no máximo, 2g (dois gramas) por dia (o que equivale a 5g de sal de cozinha).
No Brasil, estima-se o consumo médio diário de quase 12g de sal por pessoa, mais do que o dobro do recomendado pela OMS.
O Ministério da Saúde firmou um contrato com a Associação Brasileira das Indústrias Alimentares (ABIA), em 2011, para reduzir o teor de sódio em alimentos processados no Brasil. A expectativa é retirar, até 2020, mais de 28 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro.
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