Biossensores
Pesquisadores da Universidade de Aalto, na Finlândia, desenvolveram um sensor que permite criar uma série de novos testes de saúde fáceis de usar, semelhantes aos testes de gravidez feitos em casa, que dão o resultado mediante uma alteração de cor.
Uma análise rápida feita com os biossensores, ainda em escala experimental, ajudou a reconhecer rapidamente doença inflamatória intestinal, câncer e outras condições, abrindo caminho para iniciar os tratamentos mais cedo.
O biossensor plasmônico pode detectar os exossomas doentes e mostrar os resultados a olho nu. Os exossomas são vesículas derivadas de células que estão presentes no sangue e na urina, sendo indicadores importantes das condições de saúde.
Já o termo plasmônico refere-se a um material capaz de lidar com partículas chamadas plásmons, que surgem quando a luz atinge uma superfície metálica. Esses materiais já vêm sendo usados em diversas aplicações científicas e tecnológicas, mas seu uso biomédico só agora está despontando.
"É extraordinário que possamos detectar exossomas doentes a olho nu. Os biossensores plasmônicos convencionais são capazes de detectar analitos apenas em um nível molecular. Até agora, a detecção de bioamostras a olho nu nem era levada em conta ou se mostrou malsucedida," disse o professor Mady Elbahri, um dos criadores da técnica.
Precisos e baratos
A abordagem inovadora desenvolvida por Elbahri e seus colegas permite um design simples e de baixo custo para os testes, que mostram os resultados na forma de cores vivas.
A precisão obtida em nível laboratorial envolveu a detecção de amostras com concentração de apenas 0,001%.
Antes que esses sensores precisos e bonitos cheguem ao mercado, contudo, serão necessários testes individuais para validação da aplicação dos sensores à detecção de cada condição médica em particular.
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