17/04/2017

Segunda opinião médica muda diagnóstico em 88% dos casos

Redação do Diário da Saúde
Segunda opinião médica muda diagnóstico em 88% dos casos
Obter um diagnóstico médico correto é mais difícil do que se pode imaginar.
[Imagem: CC0 Public Domain]

Diagnósticos médicos incorretos

Uma segunda opinião é sabidamente melhor do que fiar-se numa só - tanto que existem até guias para obter uma segunda opinião médica.

Mas talvez não se soubesse que fosse tão importante.

Pesquisadores da Clínica Mayo (EUA) descobriram que cerca de 88% dos pacientes que buscam uma segunda opinião médica vão para casa com um diagnóstico diferente ou melhorado - mudando seu plano de tratamento e, potencialmente, suas vidas.

Inversamente, apenas 12% dos pacientes recebem uma confirmação de que o diagnóstico original estava completo e correto.

Melhorando o diagnóstico

Parece difícil de admitir que os médicos nem sempre têm as respostas quando pessoas doentes os procuram em busca de soluções - muitas vezes, devido à natureza incomum dos sintomas ou pela complexidade da condição.

Para determinar a extensão em que ocorrem erros de diagnóstico, os pesquisadores examinaram os registros de pacientes encaminhados do pronto-atendimento para a divisão de medicina interna durante um período de dois anos.

Em apenas 12% dos casos o diagnóstico inicial foi confirmado, mostrando um nível inaceitavelmente baixo de consistência entre os dois diagnósticos.

Em 21% dos casos, o diagnóstico foi completamente alterado; e 66% dos pacientes receberam um diagnóstico refinado ou redefinido. Não houve diferenças significativas entre os tipos de médicos que refizeram as consultas.

Preocupante

"Tratamentos eficazes e eficientes dependem de um diagnóstico correto," disse o Dr. James Naessens, coordenador do estudo. "Saber que mais de 1 em cada 5 pacientes encaminhados pode estar completa e incorretamente diagnosticado é preocupante - não só por causa dos riscos de segurança para esses pacientes antes do diagnóstico correto, mas também por causa dos pacientes que assumimos que não estão sendo encaminhados [para reavaliação]."

Os resultados foram publicados no Journal of Evaluation in Clinical Practice.

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