04/10/2018

Resposta imune a doenças é mais forte em idosos e mulheres

Redação do Diário da Saúde
Resposta imune a doenças é mais forte em idosos e mulheres
Embora hoje os mesmos remédios sejam receitados para todos, isso está longe do ideal porque cada pessoa reage de forma diferente devido a vários fatores.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Resposta humoral

Ao longo de nossa vida, estamos continuamente expostos a patógenos, como vírus e bactérias, o que significa que nosso sistema imunológico está trabalhando constantemente.

Quando estimulado por qualquer patógeno ou vacina, o sistema imunológico aumenta notavelmente o que é conhecido como uma "resposta humoral", que corresponde à produção de anticorpos que podem ajudar a combater infecções e fornecer proteção a longo prazo.

A intensidade das respostas humorais varia de pessoa para pessoa. Compreender por que é assim e identificar os determinantes específicos dessa variabilidade irá nos ajudar a melhorar as vacinas, prever a suscetibilidade de uma pessoa a um determinado patógeno ou obter uma compreensão mais profunda das doenças autoimunes.

Rumo a esse objetivo, pesquisadores examinaram as respostas humorais de 1.000 pessoas saudáveis a infecções e vacinas comuns. Foram medidas as respostas de anticorpos a 15 antígenos (moléculas que provocam respostas humorais) de 12 agentes infecciosos: citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, vírus herpes simplex 1 e 2, vírus varicela zoster, vírus da influenza A, sarampo, caxumba, rubéola e hepatite B, Helicobacter pylori e Toxoplasma gondii.

A fim de avaliar a importância de fatores não genéticos, os pesquisadores analisaram também o impacto de inúmeras variáveis demográficas.

Idade, sexo e genética

O resultado indica a idade e o sexo como os determinantes mais importantes da resposta humoral, com os indivíduos mais velhos e as mulheres apresentando respostas de anticorpos mais fortes contra a maioria dos antígenos.

Para os fatores genéticos, os cientistas realizaram estudos de associação genômica ampla, que permitem a exploração do impacto potencial da variação genética em todo o genoma humano.

Os resultados mostraram que as diferenças na resposta ao vírus Epstein-Barr e à rubéola se associam à variação na região do gene do antígeno leucocitário humano (HLA), que codifica proteínas envolvidas no reconhecimento de antígenos estranhos.

"Para combater doenças infecciosas e autoimunes, precisamos entender melhor a variação na resposta imunológica saudável. Nosso estudo é um primeiro passo necessário em direção a cuidados de saúde individualizados em infecções e imunidade," disse o professor Jacques Fellay, do Instituto Pasteur (França).

Os resultados foram publicados na revista científica Genome Medicine.

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