Estatinas e inibidores de PCSK9
Um dos maiores estudos já feitos até hoje sobre o impacto da medicação para baixar o colesterol está levantando um problema com uma nova classe de medicamentos que pode prejudicar a função pulmonar em alguns pacientes.
Kitty Pham e colegas da Universidade do Sul da Austrália compararam medicamentos para baixar o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), com uma variedade de biomarcadores clínicos e de ressonância magnética do coração e do cérebro.
Em um grande número de casos, a medicação prescrita para colesterol alto cumpre o que promete: Ela reduz o risco de doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes e doenças relacionadas à idade, e o efeito colateral mais recorrente é uma diarreia em algumas pessoas, embora outros estudos tenham mostrado que as estatinas só baixam colesterol em metade dos pacientes.
No entanto, os medicamentos hipolipemiantes que eliminam o colesterol das células - conhecidos como inibidores de PCSK9 - podem prejudicar a função pulmonar e mais estudos são necessários sobre seus efeitos colaterais a longo prazo, dizem os pesquisadores.
Variantes genéticas que refletem outro medicamento para baixar o colesterol, as estatinas, correlacionam-se com maior índice de massa corporal e gordura corporal, bem como com redução da testosterona. As estatinas são os medicamentos mais comumente prescritos para baixar o colesterol.
Diferentes mecanismos de ação
Em comparação com as estatinas, que inibem a produção de colesterol, as drogas PCSK9 destroem o colesterol nas células. Estes últimos são uma classe nova de medicamentos, portanto, sabe-se menos sobre sua segurança a longo prazo.
Um resultado inesperado de tomar estatinas foi observado em alguns pacientes, que apresentaram um aumento no volume cerebral do hipocampo.
Esses resultados destacam a importância de novos estudos mais aprofundados para entender os possíveis efeitos a longo prazo dos diferentes medicamentos para baixar o colesterol.
"Nosso estudo revela associações com a função pulmonar e com o tamanho do cérebro, o que pode influenciar como essas drogas são prescritas ou reaproveitadas no futuro", disse Pham. "Estas descobertas nos ajudam a entender como as pessoas podem reagir a diferentes drogas e avaliar a viabilidade de novas vias de drogas."
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