Da mesma forma que você assiste à previsão do tempo para os próximos dias, brevemente será possível checar a previsão da próxima onda de gripe.
O primeiro modelo de previsão do aumento da incidência de gripe que acompanha as estações mais frias do ano conseguiu prever com muita precisão a onda dos vírus influenza durante o inverno 2012-2013 no hemisfério norte.
A previsão acertou o aumento da onda de gripe com até nove semanas de antecedência de seu pico - mais de dois meses antes de sua ocorrência.
A primeira demonstração em grande escala do sistema de previsão da gripe foi feita por cientistas da Universidade de Colúmbia, com base em dados de 108 cidades dos Estados Unidos.
Previsão da gripe
O sistema de previsão da gripe foi construído adaptando técnicas utilizadas na previsão do tempo e usando estimativas baseadas em buscas feitas pela internet, que já se mostraram um indicador válido do aumento dos casos reais de gripe.
O sistema previu o pico da gripe no primeiro mês do inverno na região Sudeste dos EUA e nas duas primeiras semanas do segundo mês do inverno no restante do país.
De ano para ano, a temporada de gripe é altamente variável, podendo ir do primeiro mês do início do inverno (dezembro no hemisfério Norte ou julho no Brasil) até um mês depois do final do inverno (abril no hemisfério Norte ou novembro no Brasil).
Mas, quando ela chega, os casos registrados nos hospitais podem ir de praticamente nenhum caso para milhares de pessoas infectadas em um tempo muito curto.
Daí a importância de um sistema que possa prever o pico da doença, sobretudo para a adoção de medidas preventivas.
"Ter um aviso prévio o mais cedo possível da data e da intensidade dos surtos de gripe poderia evitar uma parte dessas infecções, fornecendo informações práticas aos funcionários [de saúde] e ao público em geral," disse o Dr. Jeffrey Shaman, um dos criadores da previsão da gripe.
Os pesquisadores usaram dados do serviço Google Flu Trends (tendência da gripe do Google) mas descobriram que os dados contêm um "ruído" muito grande devido a notícias sobre descobertas de novos vírus, por exemplo, que precisam ser descontadas para que a previsão seja mais precisa.
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