Pontuação muda percepção de sinceridade em mensagens de texto

Sinceridade nas mensagens

Se você não quer que suas mensagens pelo celular passem a impressão errada, é melhor prestar atenção na pontuação.

Mensagens de texto que terminam com um ponto final passam aos destinatários uma sensação de serem menos sinceras do que as mensagens que simplesmente terminam - sem o ponto final.

Mas o resultado é diferente com o ponto de exclamação.

Quem garante é a professa Celia Klin, da Universidade de Binghamton (EUA), cuja equipe recrutou centenas de estudantes para uma série de trocas de mensagens, tanto eletrônicas como manuscritas, comparando os efeitos em ambas.

Sem ponto final. E ponto final

Em 16 experimentos, as mensagens dos remetentes continham uma declaração seguida de um convite formulado na forma de uma pergunta (por exemplo, David me deu seus ingressos extras. Quer ir?). A resposta era curta, uma única palavra (Ok, Claro, Sim, Certo).

Foram feitas duas versões de cada troca de mensagem: numa o receptor escrevia sua resposta curta seguida de um ponto, e noutra era apenas a palavra, sem qualquer pontuação.

As mensagens sem ponto final foram consideradas mais sinceras do que as mensagens pontuadas. Mas o ponto de exclamação ganhou de todas.
[Imagem: Celia Klin]

Mesmo com uma única palavra na mensagem, sem qualquer pista social ou contextual, a sinceridade das respostas curtas foi avaliada de forma diferente pelos amigos, dependendo da mera presença ou ausência do ponto final.

As mensagens sem ponto final foram consideradas mais sinceras do que as mensagens pontuadas.

Fala sério!

Mas talvez ainda haja uma esperança para a pontuação na troca eletrônica de mensagens.

Ocorre que as mensagens curtas de resposta seguidas de um ponto de exclamação foram percebidas como sendo ainda mais sinceras do que as respostas sem pontuação.

Em resumo, em termos da percepção de sinceridade, a escala do menos sincero ao mais sincero começa na mensagem com ponto final (a menos sincera), passa pela ausência de pontuação (razoavelmente sincera) e sobe até o ponto de exclamação (a mais sincera).

O estudo foi publicado na revista Computers in Human Behavior.