Idosos em situação de risco
Comer nozes pode ajudar a diminuir o declínio cognitivo em grupos de risco da população idosa.
Apesar dos ótimos resultados recentes sobre efeitos das nozes sobre o coração e sobre a pressão arterial, Aleix Sala-Vila e seus colegas da Universidade Loma Linda (EUA) descobriram que o consumo de nozes por adultos e idosos saudáveis teve pouco efeito sobre a função cognitiva ao longo de dois anos.
Mas benefícios significativos apareceram em idosos que fumavam e apresentavam escores basais mais baixos nos testes neuropsicológicos, justamente uma população de risco para os problemas cognitivos e demências.
Foram examinados quase 640 idosos na Califórnia (EUA) e em Barcelona (Espanha). Por dois anos, o grupo incluiu nozes em sua dieta diária, enquanto um grupo de controle se absteve de comer nozes.
"Embora este seja um resultado pequeno, ele pode levar a melhores resultados quando realizado por períodos mais longos," disse a professora Joan Sabaté. "É definitivamente necessário fazer uma investigação mais aprofundada com base em nossos resultados, especialmente para populações desfavorecidas, que podem ter mais a ganhar com a incorporação de nozes e outras castanhas em sua dieta".
Interesses
Joan Sabaté e sua equipe de pesquisa foram os primeiros a descobrir o efeito redutor do colesterol no consumo de castanhas, especificamente das nozes - as descobertas foram publicadas pela primeira vez no New England Journal of Medicine em 1993.
Posteriormente, várias pesquisas têm associado o consumo de nozes ao menor risco de doenças cardiovasculares.
As nozes contêm ácidos graxos ômega-3 e polifenóis, que combatem o estresse oxidativo e a inflamação.
Este novo estudo foi financiado por uma bolsa da California Walnut Commission, que difunde o consumo das nozes, embora os pesquisadores afirmem que a entidade não teve nenhuma contribuição no projeto do estudo, na coleta de dados, em suas análises ou na redação e envio do artigo científico.
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