Laboratório do Sono
A Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) terá o primeiro laboratório do país voltado exclusivamente para avaliação do sono em populações expostas aos riscos químicos e físicos do trabalho.
O Laboratório do Sono analisará a organização e as escalas de trabalho dos profissionais, além de propor intervenções para reduzir a sonolência, efetuar diagnóstico, tratar problemas de sono e incentivar a redução de acidentes.
"O trabalho em horários não diurnos está associado à fadiga, privação de sono, pior desempenho e expõe os profissionais a riscos de incidentes e acidentes no desempenho de sua função. Também já são comprovados casos de distúrbios reprodutivos (em mulheres), cardiovasculares e endócrinos, por meio de liberação crônica de adrenalina e cortisol, principalmente catecolaminas, que tendem a diminuir defesas imunológicas do organismo.
"Outro fator importante é a exposição às substâncias químicas e físicas em horários do ciclo circadiano diferentes do usual, quando as capacidades de eliminação de um xenobiótico podem estar reduzidas", informou a pesquisadora responsável pelo projeto, Liliane Reis Teixeira.
Privação de sono
Especificamente em relação à ausência de sono, Liliane explica que não ter um horário fixo para dormir afeta o relógio biológico e o sincronismo do corpo humano.
"Estar privado do sono, dormir menos a cada dia ou dormir sempre em horários diferentes pode interferir no ritmo da temperatura do corpo que é fundamental para iniciar o sono. O sistema digestivo do trabalhador também é prejudicado", admitiu.
Neste último caso, segundo a pesquisadora, quando uma pessoa se alimenta em horários distintos daquele que organismo está acostumado, a assimilação dos nutrientes é inadequada, o que pode acarretar a Síndrome Metabólica. "Em algumas profissões, o trabalhador recorre ao medicamento para repousar, o que pode provocar um ciclo vicioso", alertou.
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