Dor altera o cérebro
Um dos principais sintomas experimentados por pacientes com fibromialgia é a dor crônica.
O Dr. Benjamin Mosch e seus colegas da Universidade de Bochum (Alemanha) acreditam ter descoberto um dos mecanismos que torna essa dor tão persistente.
Usando dados de ressonância magnética, os pesquisadores provaram que as áreas do cérebro envolvidas no processamento e avaliação emocional da dor são alteradas nos pacientes com fibromialgia.
As alterações foram verificadas tanto na substância cinzenta, que abriga principalmente as células nervosas, quanto na substância branca, que consiste principalmente em conexões de fibra entre as células nervosas.
A intensidade da diminuição de volume nas regiões cerebrais relevantes mostrou-se inversamente relacionada à intensidade da dor relatada pelos pacientes.
"Em certas regiões responsáveis pela inibição da dor, encontramos uma diminuição da massa cinzenta nos pacientes em relação aos indivíduos saudáveis," explica Benjamin Mosch. "Nos pacientes, o volume dessas regiões foi significativamente reduzido."
A equipe também constatou uma alteração na transmissão dos sinais neurais no tálamo, que é considerado um nódulo importante no processamento neuronal da dor. Os desvios da substância branca em pacientes com fibromialgia, em comparação com controles saudáveis, mostram que os pacientes sofreram alterações na capacidade de condução dos sinais de dor.
Segundo a equipe, estas descobertas abrem caminho para o desenvolvimento de intervenções diferenciadas para lidar com a dor crônica, assim como de uma métrica que possa medir objetivamente a dor dos pacientes, sem depender da subjetividade dos autorrelatos.
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