Exoesqueleto para uso em casa
Um novo exoesqueleto pode mudar as terapias de recuperação e a qualidade de vida dos pacientes vítimas de derrame, ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Projetado para uso independente em ambientes comunitários - praticamente todos os exoesqueletos hoje são testados apenas em ambientes hospitalares - essa roupa robótica pode ajudar os sobreviventes de AVC a melhorar sua marcha durante suas rotinas diárias.
Um primeiro teste em situações reais indicou que o exoesqueleto, que atua sobretudo na área do tornozelo, ajuda os sobreviventes de AVC a melhorar sua propulsão de caminhada e aumentar sua confiança e capacidade geral de caminhada - tudo isso caminhando em suas próprias casas, locais de trabalho ou dando uma volta no quarteirão.
"Vimos uma oportunidade de alavancar a tecnologia vestível para repensar como abordamos a fisioterapia e a reabilitação," disse o Dr. Conor Walsh, da Universidade de Harvard (EUA). "Se pudermos transferir alguns desses serviços clínicos da clínica para a casa e a comunidade, podemos melhorar o acesso, reduzir custos e prestar um atendimento melhor. É emocionante ver os campos da engenharia e da fisioterapia se unirem para fazer isso acontecer. "
Atuador passivo
Para projetar uma exorroupa de tornozelo destinado ao uso cotidiano, a equipe precisou simplificar os componentes mecânicos e facilitar o controle dos mesmos, que deve ser feito pelos próprios usuários.
"No passado, nossos exoesqueletos de tornozelo tinham dois atuadores ativos - um que ajudava na dorsiflexão, para manter os dedos do usuário para cima, e outro para ajudar na flexão plantar, impulsionando o pé e o corpo para longe do chão," detalha o pesquisador Richard Nuckols.
Foi ele quem conseguiu substituir o atuador ativo de dorsiflexão por um material passivo, que funciona de modo parecido com uma mola, ajudando os dedos dos pés a ficarem para cima durante a fase de balanço do pé e evitando que eles prendam no chão e façam a pessoa tropeçar.
Além disso, a equipe incorporou sensores para permitir o monitoramento remoto do progresso do usuário ao longo do tempo. "Estamos coletando dados enquanto as pessoas estão andando no exotraje e medindo como elas melhoram sua marcha ao longo do tempo," disse Chih-Kang Chang, membro da equipe. "No futuro, essa informação pode ser um aspecto realmente poderoso do uso desse exotraje para reabilitação de longo prazo em parceria com um fisioterapeuta."
O equipamento foi testado em quatro pacientes. A equipe pretende ampliar os testes, mas o equipamento já está disponível para licenciamento por empresas interessadas em sua comercialização.
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