Movimento ocular
Um monitoramento simples dos olhos pode dar indicações precoces sobre o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
A descoberta de que pessoas com Alzheimer têm dificuldade com um tipo específico de exame ocular foi feita por uma equipe de pesquisadores de três universidades britânicas.
Para aferir suas hipóteses, o Dr. Trevor Crawford e seus colegas da Universidade de Lancaster pediram a vários grupos de voluntários que seguissem o movimento de uma luz na tela de um computador.
Em um determinado momento do exame, os médicos pediam aos pacientes para mover o olho para o lado oposto, afastando-o da luz.
Siga a luz
O estudo separou os voluntários em quatro grupos: 18 pacientes com Alzheimer, 25 pacientes com Parkinson, 17 pessoas saudáveis jovens e 18 pessoas saudáveis idosas.
As medições precisas dos movimentos dos olhos mostraram resultados muito diferentes entre os diversos grupos.
Os pacientes com Alzheimer responderam perfeitamente à ordem para seguir a luz, mas não apenas não conseguiram mover o olho para longe da luz, como se mostraram incapazes de corrigir o erro.
Esses erros não corrigidos foram 10 vezes mais frequentes entre os pacientes de Alzheimer do que entre os pacientes saudáveis.
Olhos e memória
Os pesquisadores também mediram a capacidade de memória dos pacientes de Alzheimer que acharam o exame difícil.
O resultado foi uma correlação clara entre a dificuldade de fazer o teste e uma baixa capacidade de memorização.
"O exame de acompanhamento da luz pode desempenhar um papel vital no diagnóstico da doença de Alzheimer, já que ele nos permite identificar e excluir várias explicações alternativas para os resultados dos testes," disse o Dr. Crawford.
Ele se refere à longa bateria de testes neuropsicológicos usados hoje para diagnosticar a doença de Alzheimer e outros tipos de demência.
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