24/08/2012

Exame ocular simples pode indicar doença de Alzheimer

Redação do Diário da Saúde
Exame ocular simples pode indicar doença de Alzheimer
As medições precisas dos movimentos dos olhos mostraram resultados muito diferentes entre os diversos pacientes, permitindo identificar aqueles com doença de Alzheimer.
[Imagem: Crawford et al./Springer]

Movimento ocular

Um monitoramento simples dos olhos pode dar indicações precoces sobre o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

A descoberta de que pessoas com Alzheimer têm dificuldade com um tipo específico de exame ocular foi feita por uma equipe de pesquisadores de três universidades britânicas.

Para aferir suas hipóteses, o Dr. Trevor Crawford e seus colegas da Universidade de Lancaster pediram a vários grupos de voluntários que seguissem o movimento de uma luz na tela de um computador.

Em um determinado momento do exame, os médicos pediam aos pacientes para mover o olho para o lado oposto, afastando-o da luz.

Siga a luz

O estudo separou os voluntários em quatro grupos: 18 pacientes com Alzheimer, 25 pacientes com Parkinson, 17 pessoas saudáveis jovens e 18 pessoas saudáveis idosas.

As medições precisas dos movimentos dos olhos mostraram resultados muito diferentes entre os diversos grupos.

Os pacientes com Alzheimer responderam perfeitamente à ordem para seguir a luz, mas não apenas não conseguiram mover o olho para longe da luz, como se mostraram incapazes de corrigir o erro.

Esses erros não corrigidos foram 10 vezes mais frequentes entre os pacientes de Alzheimer do que entre os pacientes saudáveis.

Olhos e memória

Os pesquisadores também mediram a capacidade de memória dos pacientes de Alzheimer que acharam o exame difícil.

O resultado foi uma correlação clara entre a dificuldade de fazer o teste e uma baixa capacidade de memorização.

"O exame de acompanhamento da luz pode desempenhar um papel vital no diagnóstico da doença de Alzheimer, já que ele nos permite identificar e excluir várias explicações alternativas para os resultados dos testes," disse o Dr. Crawford.

Ele se refere à longa bateria de testes neuropsicológicos usados hoje para diagnosticar a doença de Alzheimer e outros tipos de demência.

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