Daikenchuto
Um remédio fitoterápico japonês, hoje muito comum em várias partes do mundo, tem efeitos reais contra a colite, uma das duas condições que compõem a doença inflamatória intestinal (DII).
O fitoterápico, uma fórmula conhecida como daikenchuto, reduziu a gravidade da colite em experimentos com cobaias, impedindo a perda de importantes bactérias intestinais benéficas e aumentando os níveis de células imunes no cólon que combatem a inflamação.
A colite é uma inflamação crônica do intestino, caracterizada por um desequilíbrio nas bactérias comensais e uma resposta imunológica anormalmente elevada. Embora haja muitos tratamentos indicados para a condição, todos são apenas parcialmente eficazes.
Isso levou alguns pesquisadores a examinar mais de perto os medicamentos fitoterápicos tradicionais, que se originaram na China e agora são comumente usados no Japão e em outros países asiáticos.
O daikenchuto é um extrato aquoso contendo pimenta japonesa (2,2%), gengibre (5,6%), ginseng (3,3%) e xarope de maltose (88,9%). Ele é um dos 148 medicamentos fitoterápicos chamados Kanpô (ou Kampô), que se originaram na China e foram desenvolvidos no Japão. Eles são frequentemente prescritos por médicos para tratar uma variedade de doenças, daí o interesse dos cientistas na comprovação experimental de seus efeitos.
Controlando as bactérias e a resposta imune
Pesquisas anteriores já indicavam que o daikenchuto pode ser útil no tratamento da colite e da constipação, mas as evidências, principalmente no nível molecular, ainda não estão bem estabelecidas. Assim, Zhengzheng Shi e sua equipe do Instituto RIKEN decidiram realizar um exame detalhado dos efeitos do fitoterápico em um modelo de colite em camundongos.
Quando os animais doentes receberam daikenchuto, seus pesos corporais permaneceram normais, e eles apresentaram pontuações clínicas mais baixas para colite. Análises detalhadas revelaram muito menos danos às células que revestem o cólon, em comparação com animais doentes que não tomaram o fitoterápico.
"O daikenchuto é comumente prescrito para prevenir e tratar doenças gastrointestinais, bem como para reduzir a obstrução intestinal após uma cirurgia de câncer colorretal," explicou a professora Naoko Takayama. "Aqui mostramos que ele também pode aliviar doenças intestinais, como a colite, reequilibrando os níveis de Lactobacillus no microbioma intestinal. Isso provavelmente ajuda a reduzir as respostas imunes inflamatórias, promovendo a atividade das células linfóides inatas do tipo 3."
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