Custo ambiental da pecuária
O primeiro hambúrguer feito em laboratório foi apresentado e degustado nesta segunda-feira, durante uma conferência científica em Londres.
O hambúrguer foi fabricado por cientistas holandeses.
Eles utilizaram células retiradas de uma vaca para reconstituir os músculos de carne bovina, que foram combinados a outros ingredientes para fazer o hambúrguer.
Os pesquisadores dizem que a tecnologia para produzir carne artificial poderia ser uma forma sustentável para suprir a crescente demanda por carne.
Mas críticos da ideia dizem que o meio mais fácil para contrabalançar o cada vez maior custo ambiental da pecuária seria comer menos carne.
"Vamos apresentar ao mundo o primeiro hambúrguer feito em laboratório a partir de células. Estamos fazendo isso porque a criação animais para abate não é boa para o meio ambiente, não vai suprir a demanda mundial (por comida) e também não é boa para os próprios animais", ressalta Mark Post, professor da Universidade de Maastricht.
Um estudo independente revelou que a carne produzida em laboratório usa 45% menos energia para ser feita do que a média utilizada para a produção a partir de animais criados em fazendas.
O método também significa 96% menos emissões de gás na atmosfera e necessita 99% menos terra.
Modo de fazer
1. Os cientistas começam extraindo extraindo células do músculo de uma vaca.
2. No laboratório, as células são colocadas numa cultura com nutrientes para promover o crescimento e multiplicação das células.
3. Três semanas depois, cerca de um milhão de células-tronco geradas são divididas e colocadas em recipientes menores.
4. As células já crescidas se transformam em pequenas tiras de músculo de aproximadamente um centímetro de comprimento e apenas alguns milímetros de espessura.
5. As pequenas tiras são então coletadas e juntadas em pequenos montes, que então são congelados.
6. Quando alcançam uma quantidade suficiente, elas então são descongeladas e compactadas na forma de um hambúrguer antes de serem cozidas.
7. O primeiro hambúrguer testado também leva açafrão, caramelo e suco de beterraba para dar cor e sabor.
Até o momento, os cientistas podem apenas produzir pequenos pedaços de carne por vez. Quantidades maiores iriam requerer um sistema circulatório para distribuir nutrientes e oxigênio nos bifes de laboratório.
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