Medicamentos em chips
Uma empresa norte-americana está tentando levar dos laboratórios para as farmácias uma nova tecnologia de aplicação contínua de medicamentos.
Conhecidos como biochips, os pequenos dispositivos são fabricados com a mesma tecnologia dos chips de computador.
Mas, além de fios e transistores, o chip contém microcanais por onde o medicamento de um reservatório pode ser aplicado de forma controlada pelos circuitos do chip - a técnica é conhecida como microfluídica.
A empresa Microchips está testando o uso dessa plataforma para substituir as pílulas anticoncepcionais - espera-se que, no futuro, os biochips sejam usados para liberar quaisquer medicamentos de uso crônico no corpo dos pacientes.
Anticoncepcional sem fios
O aparelho mede cerca de 2 x 2 x 0,7 centímetros e deverá ser implantado sob a pele - nas nádegas, no braço ou no abdome.
Seu depósito de 1,5 centímetro de largura pode armazenar uma quantidade de anticoncepcional suficiente para 16 anos. O hormônio - no teste está sendo usado o levonorgestrel - é liberado em doses de 30 microgramas por dia.
A empresa garante que a tecnologia é segura, e que uma vedação hermética de titânio e platina impede vazamentos do reservatório.
A grande vantagem, segundo a empresa, é que o aparelho eletrônico pode ser comandado à distância, por um pequeno transmissor que fica de posse da paciente.
Sempre que necessário - ou quando quiser engravidar -, a mulher pode desligar o aparelho implantado e interromper a aplicação do contraceptivo.
Quando o estoque de hormônio se esgotar, o implante deverá ser retirado.
Segurança
Segundo o Dr. Robert Langer, do MIT, fundador da empresa, ainda faltam alguns desenvolvimentos antes que o anticoncepcional com controle remoto possa ser testado em voluntárias.
O principal deles é criar um sistema de criptografia que impeça que hackers invadam o aparelho e saiam desativando a aplicação do anticoncepcional sem que as mulheres saibam.
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