Parafusos feitos totalmente de seda foram usados pela primeira vez para tratar fraturas em cobaias.
Os parafusos foram fabricados em moldes nos quais foram colocadas proteínas obtidas de casulos do bicho-da-seda.
Eles foram então implantados nos ossos de seis cobaias. Entre quatro e oito semanas, quando as fraturas já haviam cicatrizado, os parafusos começaram a se dissolver.
A expectativa é que essas peças, feitas de materiais biológicos, venham a substituir as de metal usadas atualmente no reparo de ossos quebrados.
Quando um osso é fraturado, placas e parafusos de metal são usados para religar e fixar as partes rompidas. Mas, além de serem rígidas e incômodas, essas peças geram risco de infecção.
Em muitos casos, elas têm de ser removidas depois que a fratura foi corrigida, o que requer uma nova cirurgia.
Materiais sintéticos usados como alternativa para evitar esses problemas são difíceis de serem implantados e podem gerar reações inflamatórias, afirmam os pesquisadores.
Já no caso da seda, além de sua composição e rigidez serem parecidas com as do osso, o fato dela ser absorvida pelo organismo torna o material promissor.
"Queremos produzir uma série de aparelhos ortopédicos baseados nessa tecnologia para os casos em que não é desejável que as peças permaneçam no corpo", diz David Kaplan, da Universidade Tufts (EUA).
"Esse tipo de material não interfere em aparelhos de raio X, não dispara alarmes e não gera sensibilidade ao frio como o metal," concluiu Kaplan.
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