Pesquisadores da AIDS já tentaram várias estratégias para tentar combater a infecção pelo vírus HIV - até hoje sem sucesso.
Agora, um novo tipo de vacina desenvolvida no âmbito de um projeto financiado pela União Europeia começará a ser avaliado.
A nova vacina é baseada em uma das proteínas do envelope do vírus HIV, chamada proteína gp41.
A ideia é bloquear a entrada do HIV nas células, tanto nas mucosas, quanto no sangue.
Alvejar as mucosas parece ser uma boa ideia - 90% das infecções pelo HIV acontece por via sexual.
O grande apelo da nova vacina é que seu alvo é o processo de fusão do vírus HIV nas células humanas.
Integrando a proteína gp41 na vacina, os pesquisadores estão tentando desencadear a produção de anticorpos que bloqueiem a entrada do HIV nas células humanas.
"Esta proteína gp41 do envelope do vírus não é nenhuma novidade na longa história do desenvolvimento de uma vacina anti-HIV," reconhece Alexandru Rafila, um dos líderes da equipe. "Mas é uma abordagem significativa na concepção da proteína que pode ser administrada como uma vacina, de modo que ela desencadeie uma resposta imune."
Escassas esperanças
O problema é que os alvos do vírus HIV não são apenas os linfócitos, que incluem as famosas células T, um componente chave do sistema imunológico do corpo que ajuda a combater doenças - o HIV ataca também outras células do sistema imunológico.
E estas não são infectadas exclusivamente através da proteína gp41, mas também através de outros mecanismos.
Os pesquisadores reconhecem que uma vacina eficaz contra a AIDS deverá impedir a contaminação de outros tipos de células.
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