Cientistas descobriram um processo-chave no momento em que o parasita da malária invade a célula do sangue humano.
Mais importante, eles encontraram uma forma de bloquear essa invasão.
Agora eles estão buscando uma parceria com a indústria farmacêutica para iniciar o desenvolvimento de uma vacina contra a malária - algo que eles estimam poder ser feito em um prazo recorde de cinco anos.
Estragando a fechadura
"O que nós identificamos é uma região do parasita da malária que ele usa para se ligar a uma célula sanguínea saudável, em seguida empurrando-se para dentro da célula," explica o Professor Peter Preiser, da Universidade Tecnológica de Nanyang (Cingapura).
"Para evitar essa invasão, desenvolvemos anticorpos que podem interferir com o processo de invasão. Então, imagine que o parasita tem a chave para abrir uma porta no glóbulo vermelho, mas nós danificamos a fechadura. Então não importa o quanto o parasita tente, a porta simplesmente se recusa a abrir," ilustra ele.
A técnica foi desenvolvida graças a uma varredura de fluorescência de alto rendimento - se os anticorpos não conseguem impedir a invasão dos glóbulos vermelhos do sangue pelos parasitas da malária, a amostra fluoresce, ou seja, começa a brilhar. Se os anticorpos funcionam, a amostra permanece escura.
Isto permitiu a caracterização rápida de milhares de compostos, bem como a identificação de anticorpos com capacidade para interferir com o processo de invasão.
O Professor Preiser estima que a descoberta de sua equipe, que foi publicada na revista científica Nature Communications, será fundamental para preparar o caminho para a erradicação da malária no longo prazo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a malária infectou cerca de 219 milhões de pessoas em 2010, e mata cerca de 860.000 pessoas em todo o mundo anualmente.
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