26/05/2009
Tecnologias para diagnóstico de câncer são tema de encontro em SP
Com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia
Tomografia por emissão de pósitrons
A cidade de São Paulo nesta semana (de 25 a 29) uma conferência e uma série de encontros sobre radiofármacos produzidos em equipamentos cíclotron e utilizados em exames PET /CT - exames de tomografia por emissão de pósitrons por um tomógrafo computadorizado -, que permitem diagnosticar diversos tipos de câncer.
Os exames de tomografia por emissão de pósitrons (PET) aliam alta sensibilidade e resolução a uma correlação anatômica permitida por um tomógrafo computadorizado (CT). A técnica permite a identificação precoce do tumor, de forma precisa, sem tratar-se de um método invasivo. O FDG (molécula de glicose marcada com flúor-18) é aplicado no paciente e com o PET /CT é possível verificar se há áreas de captação do fármaco radioativo.
Planejamento do tratamento
As informações fornecidas pelo exame PET auxiliam no melhor estadiamento do tumor e em muitos casos levam à mudança de conduta médica. Quando um tumor é detectado, os exames para determinar seu estágio ajudam a determinar sua localização exata e se ele disseminou (produziu metástases).
O estadiamento também permite que os médicos planejem melhor o tratamento. Em cardiologia, o FDG (molécula de glicose marcada com flúor-18), possibilita estudos sobre viabilidade do miocárdio, músculo cardíaco. Na área de neurologia, o FDG permite identificar a ocorrência de demências. Em determinadas situações, nenhum outro método é capaz de avaliar a real extensão do tumor e detectar sua recidiva.
Evento
Os eventos integram um projeto de cooperação técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e ocorrem no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/MCT), no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e no Instituto do Coração (Incor). Em pauta, aspectos como a produção dos radiofármacos e aplicações nas áreas de clínica e física.
Ontem e hoje (26) a conferência, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni, no Ipen, tem caráter geral e reúne profissionais de medicina nuclear, oncologia e áreas afins. Serão abordados seguimento de terapia com PET-CT, neuromarcadores, instrumentação e controle de qualidade de sistema serão alguns dos temas em debate.
Ramsey Badawi , professor da Universidade da Califórnia (Estados Unidos), aborda processamento e quantificação de estudos PET/CT, a partir das 14h45. Na mesa-redonda das 15h45, os médicos Carlos Buchpiguel, da Faculdade de Medicina da USP, Max Mano, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o químico João Osso, do Centro de Radiofarmácia do Ipen, além dos convidados internacionais, debatem sobre os novos radiofármacos.
De quarta (27) a sexta-feira (29) ocorrem atividades simultâneas no Ipen, no Centro de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da USP e no Serviço de Medicina Nuclear do Incor, das 9h às 18h. Também na quarta (27), haverá visita ao cíclotron e ao Centro de Radiofarmácia do Ipen, a partir das 10h30.
O projeto tem a participação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), por meio de três institutos a ela vinculados - Ipen, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE) -, dos institutos de Física da USP, Centro de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da USP, do Incor e da Faculdade de Física da PUC/RS.
O diretor de radiofarmácia do Ipen, Jair Mengatti, destaca o envolvimento das equipes que trabalham na produção do FDG (molécula de glicose marcada com flúor-18), radiofármaco utilizado nos exames PET e PET/CT. Ressalta ainda o alto nível dos serviços de medicina nuclear do País, que trabalham em parceria com o Ipen para permitir o que há de melhor à população em diagnósticos e terapia.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=tecnologias-para-diagnostico-de-cancer-tomografia-emissao-positrons
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