16/02/2012 Técnica com luz pode evitar derrames cerebraisCom informações da Clínica Mayo
O aparelho emite um feixe de luz em uma faixa do espectro que não é visível ao olho humano, chamado infravermelho próximo.
[Imagem: Mayo Clinic]
Repetição de derrames Cerca de um terço dos pacientes que sofreram derrame cerebral, internados em um hospital, sofrem um outro derrame. E até hoje não existe uma técnica que permita que os médicos monitorem continuamente seus pacientes para avaliar esse risco. A esperança está surgindo pelas mãos de uma equipe da Clínica Mayo (EUA). A equipe do Dr. William Freeman desenvolveu um pequeno aparelho que, colocado na testa de uma pessoa, monitora os possíveis acidentes vasculares cerebrais (ou derrames cerebrais). O novo equipamento pode finalmente dar aos médicos uma forma segura e barata de monitorar, em tempo real, os pacientes internados. Infravermelho próximo O dispositivo mede o oxigênio no sangue, de forma similar a de um oxímetro de pulso. Ele é totalmente não-invasivo, emitindo um feixe de luz em uma faixa do espectro que não é visível ao olho humano, chamado infravermelho próximo. O aparelho é colado com um esparadrapo sobre a testa do paciente. A técnica, batizada de espectroscopia frontal no infravermelho próximo (NIRS - frontal near-infrared spectroscopy) foi apresentada na edição de 1 de fevereiro do jornal Neurosurgical Focus. "Esperamos que essa ferramenta ofereça um benefício significativo aos pacientes, ao ajudar os médicos a detectar derrames cerebrais precocemente e ter um melhor controle da recuperação", disse o Dr. Freeman. Riscos dos exames Atualmente, na maioria dos hospitais, são os enfermeiros que monitoram os pacientes para prevenir novos derrames cerebrais. E, se houver suspeita de que um possa ocorrer, o paciente é removido para a unidade de radiologia do hospital, onde passa por um teste chamado tomografia computadorizada de perfusão, que é o método padrão de medir o fluxo e oxigenação do sangue. Essa tomografia requer o uso de um meio de contraste e todo o procedimento pode, algumas vezes, causar efeitos colaterais, tais como exposição excessiva à radiação, se repetições da tomografia forem necessárias. Além disso, o meio de contraste pode causar danos aos rins e às vias respiratórias. Para os pacientes em estado mais grave, os médicos podem inserir uma sonda de oxigênio no cérebro, para medir o fluxo de sangue e de oxigênio. Mas esse procedimento é invasivo demais e mede apenas uma área limitada do cérebro, diz o Dr. Freeman. Alcance limitado A luz que o novo aparelho emite, na faixa do infravermelho próximo, penetra pelo couro cabeludo e tecidos cerebrais subjacentes. A equipe projetou um estudo para comparar as medições do NIRS e da tomografia computadorizada de perfusão em oito pacientes que sofreram derrame cerebral. Os resultados mostraram que os dois exames oferecem resultados estatisticamente similares, embora o NIRS tenha um campo mais limitado para a medição do oxigênio e do fluxo do sangue. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=tecnica-luz-evitar-derrames-cerebrais A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |