23/01/2018 Nível de renda altera como cada pessoa experimenta a felicidadeRedação do Diário da Saúde
Sua riqueza, ou a falta dela, lhe predispõe a diferentes tipos de felicidade.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
O si-mesmo e os outros Ter uma renda mais elevada tem muitos benefícios, incluindo melhorias na saúde e na satisfação com a vida, mas há muita controvérsia sobre se ter mais dinheiro está associado a uma maior felicidade ou não. O que agora se constatou é que as pessoas que ganham mais dinheiro tendem a experimentar mais emoções positivas focadas em si mesmas, enquanto as pessoas que ganham menos tiram maior prazer dos seus relacionamentos e da sua habilidade de se conectar com outras pessoas. Os pesquisadores selecionaram uma amostra nacionalmente representativa, questionaram os participantes sobre sua renda familiar e então fizeram uma série de perguntas destinadas a medir a tendência de cada um de experimentar sete emoções distintas que são consideradas como constituindo o núcleo da felicidade: diversão, reverência, compaixão, contentamento, entusiasmo, amor e orgulho. Por exemplo, para medir a compaixão, os participantes classificaram sua concordância com declarações do tipo: "Cuidar dos outros me dá um sentimento íntimo caloroso". Os participantes no extremo superior do espectro socioeconômico relataram uma maior tendência a experimentar emoções focadas em si mesmos, especificamente o contentamento, o orgulho e a diversão. Os indivíduos na parte inferior da escala de renda mostraram-se mais propensos a experimentar emoções que se concentram em outras pessoas, como a compaixão e o amor. Indivíduos mais pobres também relataram experienciar reverência e beleza no mundo ao seu redor. Tipos de felicidade "Estes resultados indicam que a riqueza não está inequivocamente associada à felicidade. O que parece ocorrer é que sua riqueza lhe predispõe a diferentes tipos de felicidade. Embora os indivíduos mais ricos possam encontrar maior positividade em suas realizações, status e realizações individuais, indivíduos menos ricos parecem encontrar mais positividade e felicidade em seus relacionamentos, sua capacidade de cuidar e de se conectar com os outros," disse o professor Paul Piff, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA). O professor Piff acredita que essas diferenças podem surgir do desejo de independência e autossuficiência dos indivíduos de renda mais alta, enquanto as emoções orientadas para outros ajudam os indivíduos de baixa renda a formar vínculos mais interdependentes com outros para ajudar a lidar com seus ambientes mais desafiadores. Essa hipótese é compatível com resultados de outro estudo recente, que demonstrou que as pessoas mais pobres são mais sábias devido às exigências de relacionamento com sua comunidade. A pesquisa foi publicada na revista Emotion. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=nivel-renda-felicidade A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |