30/10/2024 Nanodiscos magnéticos prometem opção melhor que neurochipsRedação do Diário da Saúde
Os chips cerebrais têm oferecido alguma esperança de tratamento, mas eles são invasivos demais. Agora há uma alternativa. [Imagem: Ye Ji Kim et al. - 10.1101/2023.12.24.573272]
Estimulação cerebral Embora venham chamando muito a atenção da imprensa, os implantes neurais, ou neurochips, são uma tecnologia altamente invasiva, tipicamente requerendo cirurgias de crânio aberto e, na melhor das hipóteses, funcionando por um período muito curto - o cérebro não os recebe bem e cuida de isolar seus eletrodos invasivos. Para tentar minimizar esses danos, pesquisadores da Alemanha e dos EUA estão desenvolvendo conjuntamente uma tecnologia que, embora não evite totalmente os riscos, pode permitir o uso das terapias de estimulação profunda do cérebro, que têm trazido esperanças para condições que não dispõem de outros tratamentos, como doença de Parkinson e transtorno obsessivo-compulsivo. A tecnologia usa nanopartículas magnéticas em formato de disco - ou nanodiscos. Como são minúsculas, essas nanopartículas são postas em solução, e esta solução é então aplicada ao tecido cerebral, permitindo fazer a estimulação cerebral sem a necessidade de implantes, eletrodos ou mesmo de modificação genética. Injetados diretamente no local desejado no cérebro, os nanodiscos podem ser ativados a qualquer momento aplicando um campo magnético fora do corpo. Como todas as células nervosas são sensíveis a sinais elétricos, o nanomaterial magnetoelétrico converte a magnetização em potencial elétrico, representando um caminho menos invasivo para a estimulação cerebral magnética remota. Já houve tentativas semelhantes antes, mas o pesquisador Ye Ji Kim, do MIT, descobriu que o problema estava na forma: As nanopartículas magnéticas testadas até agora eram esféricas, mas o efeito magnetoelétrico era muito fraco. Fabricá-las na forma de discos, criando o que os pesquisadores chamam de "anisotropia", aumentou a estimulação magnética em mais de 1.000 vezes. Os primeiros testes foram feitos em camundongos, e a equipe ressalva que os testes em humanos ainda demandarão anos de pesquisa, envolvendo sobretudo conseguir que essa amplificação de 1.000 vezes possa ser inteiramente passada às células que devem ser ativadas. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=nanodiscos-magneticos-prometem-opcao-melhor-neurochips A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |