03/08/2012 Junção de tecnologias mapeará cérebro com resolução sem precedentesRedação do Diário da Saúde
Não havia sido possível combinar a magnetoencefalografia com a ressonância magnética até agora porque os campos magnéticos dos dois aparelhos interferiam mutuamente. [Imagem: Aalto University]
Mapeamento do cérebro Pesquisadores da Universidade de Aalto, na Finlândia, criaram o primeiro aparelho de imageamento do cérebro que combina a magnetoencefalografia (MEG) com a ressonância magnética (MRI). Enquanto a magnetoencefalografia mede a função elétrica do cérebro, a ressonância magnética permite visualizar sua estrutura. A fusão das duas tecnologias permite uma precisão sem precedentes na localização das atividades cerebrais de forma não-invasiva. Fusão das tecnologias de imageamento Não havia sido possível combinar a magnetoencefalografia com a ressonância magnética até agora porque os campos magnéticos dos dois aparelhos interferiam mutuamente. Os pesquisadores finlandeses desenvolveram sensores de campo magnético extremamente sensíveis, permitindo fazer a ressonância magnética chamada de "baixo campo" - com uma intensidade do campo magnético de apenas algumas centenas de milésimos daquele usado pelo equipamento de alto campo. A fusão das duas tecnologias permite uma precisão que não pode ser obtida com nenhum dos dois exames isoladamente. A junção também resolve o maior problema com a magnetoencefalografia - quando a técnica é utilizada separadamente, a precisão da imagem pode ser comprometida devido ao movimento do paciente. Além disso, a imagem que ela fornece pode não ser precisa o suficiente para as cada vez mais precisas cirurgias no cérebro, sobretudo auxiliadas por robôs. Precisão do mapeamento do cérebro "Esperamos que a nova tecnologia melhore a precisão do mapeamento do cérebro de pacientes com epilepsia. Ela também poderá melhorar o diagnóstico de pacientes com câncer, porque o melhor contraste da imagem pode facilitar a caracterização do tecido canceroso," disse o professor Risto Ilmoniemi, coordenador da equipe. O equipamento MEG-MRI também permitirá a captura de imagens do cérebro de pacientes como implantes metálicos. Outra vantagem é que o dispositivo silencioso e aberto não assusta as crianças ou as pessoas com claustrofobia. Os custos com as imagens médicas também poderão ser reduzidos, já que toda a informação será obtida em uma única sessão, em vez de duas. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=juncao-tecnologias-mapa-cerebro A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |