28/05/2021

Inteligência coletiva pode ser prevista e até quantificada

Redação do Diário da Saúde
Inteligência coletiva pode ser prevista e até quantificada
A inteligência individual dos membros não é um bom indicador da inteligência da equipe. [Imagem: CMU]

Inteligência coletiva

Para lidar com questões que vão das mudanças climáticas à cura de doenças e o desenvolvimento de tecnologias complexas, a ciência depende da inteligência coletiva, a capacidade de um grupo de trabalhar em conjunto e resolver uma série de problemas que variam em complexidade.

Por isso, várias equipes trabalham para entender melhor como medir e prever essa inteligência coletiva.

Christoph Riedl e seus colegas da Universidade Carnegie Mellon (EUA) usaram métodos meta-analíticos para avaliar os dados coletados em 22 estudos científicos sobre o tema, incluindo 5.349 indivíduos em 1.356 grupos.

E eles encontraram um forte suporte para o que se convencionou chamar de "fator geral de inteligência coletiva" (IC), uma espécie de QI (quociente de inteligência) dos grupos.

Além disso, os dados demonstram que os processos de colaboração em grupo são cerca de duas vezes mais significativos para prever a inteligência coletiva do que a inteligência individual dos membros.

Adicionalmente, a percepção social, a composição do grupo (particularmente a proporção feminina e a diversidade de idade) e o tamanho do grupo também são preditores significativos da IC (inteligência coletiva)

"Este trabalho apresenta algumas métricas computacionais para avaliar os processos de colaboração que podem ser fundamentais para estudar a colaboração no futuro," disse a professora Anita Woolley, coordenadora da pesquisa. "Também continuamos a constatar que ter mais mulheres no grupo aumenta a inteligência coletiva e, no suplemento, nós comparamos especificamente colaboradores presenciais e online e encontramos poucas diferenças nos elementos que levam à inteligência coletiva."

Ciência do desempenho de equipes

Em uma pesquisa anterior, Woolley e seus colegas construíram uma abordagem informativa sobre a inteligência geral em indivíduos e descobriram que a capacidade de um grupo de realizar uma ampla gama de tarefas também pode ser prevista por um único fator estatístico.

Posteriormente, eles descobriram que esse fator de IC tem muito pouca correlação com a inteligência individual dos membros do grupo, mas é fortemente correlacionado com a sensibilidade social dos membros e a proporção de mulheres no grupo.

Este novo trabalho avança a ciência do desempenho coletivo, tanto conceitual quanto metodologicamente. Usando uma métrica de inteligência coletiva com base em uma variedade de tarefas, a pontuação de um grupo consegue prever o desempenho futuro da equipe em uma gama mais ampla de configurações.

Além disso, ao se concentrar em uma métrica mais robusta da capacidade de um grupo de trabalhar em conjunto, os pesquisadores podem identificar com mais segurança a composição do grupo e os comportamentos de colaboração que permitirão às pessoas montar e estruturar grupos para uma inteligência coletiva mais elevada.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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