24/12/2020 Existem muitas felicidades diferentes ao redor do mundoRedação do Diário da Saúde
A Ciência da Felicidade dá 14 dicas de como ser feliz - como tudo na ciência, é testar e ver se funciona.[Imagem: TréVoy Kelly/Pixabay]
Muitas felicidades O significado de felicidade varia dependendo de onde a pessoa mora no mundo. E isso é mais do que uma curiosidade - significa que os cientistas precisam desenvolver e usar medidas diferentes conforme estudam a felicidade em diferentes partes do mundo. Os estudos sobre a felicidade historicamente focalizam o ideal ocidental de felicidade, que é relativamente egocêntrico e cheio de emoções. "Consequentemente, a conceituação predominante de felicidade é consistente com uma visão de mundo historicamente autocentrada e protestante, que enfatiza o valor pessoal e o trabalho árduo para obter resultados positivos e vê a felicidade como uma conquista pessoal," escrevem Gwendolyn Gardiner e seus colegas. A equipe estudou a felicidade em 63 países. Conceitos de felicidade Ocorre que os conceitos de felicidade típicos do Ocidente não são universais, afirmam os autores. Enquanto a felicidade está ligada à independência no Ocidente, a felicidade oriental está relacionada à interdependência. "A visão de mundo do Leste Asiático tem sido descrita como aquela em que o eu está mais entrelaçado com os outros, de forma que a felicidade pessoal depende das conexões nas relações sociais," disse Gardiner, atualmente na Universidade da Califórnia em Riverside (EUA). "As ideologias orientais do Budismo, Taoísmo e Confucionismo enfatizam a interconexão de todos e de tudo, priorizando a harmonia e o equilíbrio sobre as realizações individuais." Os coreanos falam sobre felicidade e família ao mesmo tempo, por exemplo. E pesquisas anteriores mostraram que até mesmo a medida mais óbvia de felicidade - um sorriso - é diferente no Oriente e no Ocidente. Pesquisadores têm defendido que é possível ser feliz com menos rompendo com normais sociais. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] Isso levou os autores a tentar medir quais testes de felicidade seriam mais eficazes entre 15.368 participantes em todo o mundo. As duas medidas utilizadas foram a Escala de Felicidade Subjetiva, desenvolvida nos EUA, e a Escala de Felicidade Interdependente, um teste relativamente novo desenvolvido no Japão. A medida oriental examina mais de perto fatores como "harmonia interpessoal" e igualdade de realização com os colegas. Igualdade e diferenças na felicidade Curiosamente, a medida interdependente de felicidade não variou tanto entre os países: O desempenho da medida foi muito consistente, uma descoberta importante tanto para pesquisadores transculturais, quanto para aqueles que se limitam às suas próprias culturas. Mais curiosamente ainda, as duas medidas foram altamente confiáveis nos Estados Unidos e no Japão. Isso foi de particular interesse para os pesquisadores porque esses são os respectivos países onde os testes ocidentais e orientais foram desenvolvidos. "Para nós, esse resultado foi particularmente interessante e surpreendente porque, normalmente, os EUA e o Japão são os países prototípicos usados para destacar diferenças interculturais na psicologia cultural", disse Gardiner. "Mas, neste caso, eles são muito mais parecidos entre si." Ambas as medidas tiveram um desempenho ruim em países sem tradições cristãs protestantes ou budistas, incluindo países africanos e do Oriente Médio. Estudos futuros deverão considerar novas medidas para essas regiões do mundo, recomendam os autores. Este estudo da felicidade está entre os primeiros resultados publicados da pesquisa de mais longo alcance já realizada em todo o mundo sobre como as pessoas vivenciam a vida cotidiana. O Projeto Situações Internacionais conta com uma rede mundial para coletar dados em 63 países, com 42 idiomas diferentes, e os resultados ainda estão sendo analisados. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=existem-muitas-felicidade-diferentes-redor-mundo A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |