18/04/2018

Exame no consultório mais perto da realidade

Redação do Diário da Saúde
Exame no consultório mais perto da realidade
Os biomarcadores que indicam as doenças são detectados por seus deslocamentos dentro do microchip. [Imagem: Kerwin Kwek Zeming et al. - 10.1038/s41467-018-03596-z]

Exame no consultório

Uma invenção de uma equipe da Universidade Nacional de Cingapura promete uma maneira mais rápida e barata de diagnosticar doenças com alta precisão.

O professor Zhang Yong e sua equipe desenvolveram um minúsculo chip microfluídico que consegue efetivamente detectar pequenas quantidades de biomoléculas sem a necessidade de equipamentos complexos de laboratório ou pessoal especializado.

Para que você vá ao laboratório e pegue o resultado de um exame, os técnicos usam equipamentos sofisticados para detectar e quantificar partículas de tamanho nanométrico, como DNA, proteínas, vírus e exossomos (vesículas extracelulares). Tipicamente, a detecção das biomoléculas é feita utilizando ensaios colorimétricos ou marcação fluorescente com um anticorpo secundário, que é então detectado em equipamentos como microscópios de fluorescência ou espectrofotometria.

"Nossa invenção é um exemplo de diagnóstico revolucionário. Esse pequeno biochip pode detectar com sensibilidade proteínas e vesículas poliméricas em nanoescala com uma concentração tão baixa quanto 10 ng/mL (150 pM) e 3,75 ng/mL, respectivamente. Ele também é minúsculo, pesando apenas 500 mg e tem 6 mm de largura, tornando essa abordagem altamente atraente para uso em diagnósticos no local de atendimento," explicou o professor Zhang.

Nova abordagem para diagnóstico de doenças

Esta nova técnica, que não depende de rotulagem fluorescente, usa mudanças laterais na posição de um substrato de microesferas para quantificar as biomoléculas, com base apenas na mudança nas forças e no tamanho da superfície, sem a necessidade de qualquer equipamento externo.

Devido ao uso do deslocamento lateral, as nano-biomoléculas podem ser detectadas em tempo real e a detecção é significativamente mais rápida.

"Estas técnicas também podem ser estendidas a muitos outros tipos de nano-biomoléculas, incluindo ácido nucleico e detecção de vírus. Para complementar esta tecnologia de biochip, também estamos desenvolvendo uma bomba microfluídica portátil baseada em smartphone para tornar portátil toda a plataforma de detecção, para [viabilizar] diagnósticos de doenças fora do laboratório. Esperamos desenvolver ainda mais essa tecnologia para viabilizar sua comercialização," finalizou o prof. Zhang.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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