09/12/2019 Epidemia de sarampo avança pelo mundo com mais de 140 mil mortesRedação do Diário da Saúde
Recentemente se descobriu que a vacina contra o sarampo é menos eficaz quando tomada antes de 1 ano de idade.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Epidemia de sarampo Mais de 140 mil pessoas no mundo morreram em decorrência do sarampo em 2018, de acordo com novas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Essas mortes ocorreram em um momento em que os casos de sarampo aumentaram globalmente, com surtos devastadores em todas as regiões. A maioria dos óbitos ocorreu entre menores de 5 anos. Bebês e crianças muito pequenas correm maior risco de infecções por sarampo, com possíveis complicações, incluindo pneumonia e encefalite (um inchaço no cérebro), além de deficiências ao longo da vida - dano cerebral permanente, cegueira ou perda auditiva. Evidências recentemente publicadas mostram que a contração do vírus do sarampo pode ter outros impactos à saúde a longo prazo, com o vírus danificando a memória do sistema imunológico por meses ou até anos após a infecção. Essa "amnésia imunológica" deixa os sobreviventes vulneráveis a outras doenças potencialmente mortais, como gripe ou diarreia grave, prejudicando as defesas imunológicas do corpo. "O fato de qualquer criança morrer de uma doença evitável por vacina, como o sarampo, é francamente um ultraje e um fracasso coletivo em proteger as crianças mais vulneráveis do mundo," disse Tedros Adhanom Ghebreysus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde. "Para salvar vidas, precisamos garantir que todos possam se beneficiar das vacinas - o que significa investir em imunização e assistência à saúde de qualidade como um direito de todos". Queda na vacinação O sarampo pode ser evitado por uma vacina segura e eficaz. No entanto, as taxas de vacinação no mundo estagnaram por quase uma década. A OMS e o UNICEF estimam que 86% das crianças no mundo receberam a primeira dose da vacina contra o sarampo por meio dos serviços de vacinação de rotina de seus países, em 2018, e menos de 70% receberam a segunda dose recomendada. A cobertura atual com a vacina contra o sarampo no mundo não é adequada para evitar surtos. Conforme a recomendação da OMS, é necessário 95% de cobertura vacinal com duas doses da vacina contra o sarampo em cada país e em todas as comunidades para proteger as populações da doença. Países mais pobres são atingidos com maior força, mas o sarampo continua sendo um grande desafio global Ao estimar o número total de casos e mortes no mundo e por região, o relatório constata que os piores impactos do sarampo ocorreram na África Subsaariana, onde muitas crianças têm continuamente deixado de se vacinar. Em 2018, os países mais afetados - aqueles com a maior taxa de incidência da doença - foram a República Democrática do Congo, Libéria, Madagascar, Somália e Ucrânia. Esses cinco países foram responsáveis por quase metade de todos os casos de sarampo no mundo. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=epidemia-sarampo-avanca-pelo-mundo-mais-140-mil-mortes A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |