03/05/2012

Para envelhecer bem, deixe os arrependimentos de lado

Redação do Diário da Saúde

Função do arrependimento

Uma das chaves para um envelhecimento emocionalmente saudável é deixar de lado o pesar pelas oportunidades perdidas.

Quando se é jovem, o arrependimento pode nos ajudar a tomar melhores decisões no futuro.

Mas, conforme as probabilidades de uma segunda chance diminuem à medida que envelhecemos, os eventuais benefícios de ficar ruminando sobre elas praticamente desaparecem.

Neste estudo, os cientistas usam o termo arrependimento no sentido de pesar, sentimento de perda ou lamentações por oportunidades perdidas.

Comportamento saudável

Em busca de uma base biológica para esta ideia, Stefanie Brassen e seus colegas usaram exames de ressonância magnética funcional (fMRI) para comparar a atividade cerebral de três grupos de pessoas: jovens, idosos deprimidos e idosos saudáveis.

Jogando um jogo de computador, os voluntários abriam uma série de caixas, contendo ou dinheiro ou a imagem de um demônio dos desenhos animados, o que encerrava o jogo e fazia com que os jogadores perdessem todo o dinheiro que tinham acumulado.

Depois de abrir cada caixa, os jogadores podiam decidir se desejavam prosseguir para a próxima ou parar e recolher seus ganhos.

Após encerrada a rodada, todas as caixas eram abertas, mostrando até onde os jogadores poderiam ter continuado com segurança sem perder tudo.

Descobrir que tinham perdido chances de ganhar mais dinheiro fez os adultos jovens e os idosos deprimidos assumirem mais riscos em rodadas posteriores do mesmo jogo.

Mas não alterou em nada o comportamento dos adultos mais velhos e saudáveis.

Estratégias mentais

Da mesma forma, em uma região do cérebro chamada estriado ventral, envolvida com a sensação de arrependimento, e no córtex cingulado anterior, associado com a regulação emocional, a atividade foi semelhante entre os adultos jovens e os idosos deprimidos.

Os adultos saudáveis mostraram um padrão de atividade cerebral diferente, sugerindo que eles estavam experimentando menos arrependimento e regulando suas emoções de forma mais eficaz.

Em uma terceira aferição, nos adultos jovens e nos idosos deprimidos as oportunidades perdidas foram acompanhadas do aumento da condutância da pele e da frequência cardíaca - indicadores de estresse e ansiedade -, o que não ocorreu com os adultos saudáveis.

Os cientistas propõem que pode ser possível treinar as pessoas para que eles usem estratégias mentais que poderão ajudá-las a preservar sua saúde emocional na velhice.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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