10/04/2012 Dieta do brasileiro piora e aumenta obesidadeCom informações da Agência BrasilGordura e refrigerante Acabou o tempo em que a dieta de arroz com feijão do brasileiro era merecedora de elogios. Dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde dão conta de que a população hoje se alimenta de forma inadequada e consome gordura saturada em excesso. Os dados mostram que 34,6% da população não dispensam carne gordurosa, enquanto 56,9% das pessoas bebem leite integral regularmente. Outro fator preocupante é o consumo de refrigerante - 29,8% dos brasileiros tomam a bebida pelo menos cinco vezes por semana. Muita carne e pouca verdura A pesquisa, conhecida como Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) aponta também que o consumo de frutas e hortaliças no país é baixo. Apenas 20,2% das pessoas ingerem cinco ou mais porções por dia, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o ministério, os homens, sobretudo os mais jovens, alimentam-se pior do que as mulheres, já que não costumam tirar a pele do frango ou a gordura da carne vermelha antes de comer. A população masculina chega a consumir quase duas vezes mais carne com excesso de gordura do que as mulheres - 45,9% contra 24,9%. O consumo de frutas e hortaliças também é menor entre os homens. Apenas 25,6% deles ingerem esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. O percentual cai para 16,6% quando considerada a recomendação da OMS. Entre as mulheres, os índices são de 35,4% e 23,3%, respectivamente. A ingestão de refrigerante também é maior entre a população masculina: 34,3% dos homens tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana, enquanto o percentual entre as mulheres é 25,9%. Sabedoria da idade Por outro lado, os dados revelam que, com o passar dos anos, o brasileiro tende a diminuir a ingestão de gordura saturada e de refrigerante. Entre homens de 18 a 24 anos, 51% consomem regularmente carne com gordura. O número cai para 27,6% entre aqueles com idade superior a 65 anos. O grau de instrução também influencia os hábitos alimentares da população - quanto mais anos de escolaridade, mais saudável é a alimentação. Frutas e hortaliças, por exemplo, estão presentes no cardápio de 44,5% dos brasileiros com 12 anos de estudo ou mais. O percentual cai para 27,5% entre pessoas que estudaram no máximo oito anos. Obesidade Essa piora na qualidade da alimentação reflete-se diretamente no quadro de obesidade desenhado pela pesquisa. A proporção de pessoas acima do peso no Brasil passou de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011, enquanto o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8% no mesmo período. O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente. Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é 63%. Obesidade por idade A pesquisa também revelou que o excesso de peso na população brasileira varia com a idade. O envelhecimento tem forte influência nos indicativos - sobretudo femininos. O estudo aponta que 25,4% das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% entre mulheres de 25 a 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos. Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=dieta-brasileiro-piora-aumenta-obesidade A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |