09/10/2020

Como sua personalidade molda seus objetivos de vida

Redação do Diário da Saúde

Personalidade e objetivos

Na primeira pesquisa científica desse tipo, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) concluíram que, na maioria das vezes, as pessoas formulam metas consistentes com seus traços de personalidade - e as metas de um indivíduo estão relacionadas a como sua personalidade muda subsequentemente com o tempo.

O experimento envolveu mais de 500 estudantes, começando quando eles entraram na faculdade, a cada ano durante o curso e 20 anos depois, sempre analisando os objetivos relacionados a ser criativo, ter uma carreira de sucesso, ter uma família, ser rico ou ser ativo na religião ou na política.

Os objetivos dessas pessoas - cerca de metade delas respondeu todos os questionários, incluindo duas décadas após o início da pesquisa - permaneceram relativamente estáveis ao longo do tempo, mas as poucas mudanças que ocorreram foram notáveis.

"Nós descobrimos que, de muitas maneiras, a personalidade de uma pessoa molda os tipos de objetivos de vida que são valorizados e, como resultado da busca por esses objetivos, a personalidade muda," disse a professora Olivia Atherton, membro da equipe.

Objetivos de vida e sucesso

Várias pessoas de enorme sucesso, como Albert Einstein, notaram a importância de se ter objetivos pessoais, comentam os pesquisadores. Einstein disse uma vez, por exemplo: "Se você quer ter uma vida feliz, vincule-a a um objetivo, não a pessoas ou coisas." As características de personalidade que ele possuía eram provavelmente a força motriz por trás dos tipos de objetivos que ele almejava.

A equipe então se dedicou a analisar os traços de personalidade chamados de "Cinco Grandes" em psicologia: neuroticismo, extroversão, abertura à experiência, agradabilidade e conscienciosidade. Essas cinco características captam amplamente a maioria das maneiras pelas quais as pessoas diferem umas das outras e estão relacionadas a uma ampla gama de resultados importantes na vida.

A equipe também examinou os objetivos estéticos (querer ser criativo e artístico); objetivos econômicos (desejar ter uma carreira de sucesso e ser rico); objetivos familiares/de relacionamento (querer se casar e ter filhos); objetivos hedonísticos (querer se divertir e sentir prazer); objetivos políticos (querer ter influência nos assuntos públicos); objetivos religiosos (querer participar de instituições religiosas); e objetivos sociais (querer ajudar os necessitados).

"Nós descobrimos que, em média, os indivíduos aumentaram em simpatia e conscienciosidade, diminuíram em neuroticismo e mostraram pouca mudança na abertura à experiência e à extroversão dos 18 aos 40 anos," disseram os pesquisadores.

Quando as metas deixam de ser importantes

Os dados também mostraram que as pessoas dão menos importância a todas as metas conforme o tempo passa, sugerindo que os indivíduos descartam as metas que valorizam, provavelmente porque estão alcançando marcos associados a essas metas e, portanto, as metas tornam-se menos importantes.

Os pesquisadores constataram também que os traços de personalidade estão relacionados ao desenvolvimento dos principais objetivos de vida ao longo do tempo.

Por exemplo, os indivíduos que se tornam mais agradáveis, mais gentis e mais compassivos também tendem a dar mais ênfase aos objetivos de relacionamento (sociais e familiares) ao longo do tempo. E os indivíduos que se tornam mais responsáveis, organizados e autocontrolados tendem a valorizar mais objetivos econômicos e familiares.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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