01/12/2011 Cientistas criam bactéria sintética em competição de engenharia genéticaCom informações da UnicampBactéria sintética Uma equipe binacional formada por alunos e pesquisadores da Unicamp e da escola francesa de Ensino Superior das Minas de Saint Etienne (Emse) obteve resultados expressivos na Competição Internacional de Engenharia Genética (iGEM, na sigla para o inglês). A equipe franco-brasileira desenvolveu uma bactéria sintética com potencial para ser usada como probiótico. A bactéria pode atuar diariamente contra os efeitos danosos do estresse no organismo. O pesquisador Renato Vicentini foi o instrutor da equipe pelo lado brasileiro, e Didier Bernache, pelo lado francês. "Essa foi uma competição do MIT para mobilizar uma comunidade internacional para trabalhar com a biologia sintética. É uma área que tende a crescer tanto cientificamente quanto na formação para nossos estudantes. Eu imagino que nos próximos anos a biologia sintética terá uma 'explosão' no Brasil", contextualizou Renato Vicentini, o instrutor da equipe pelo lado brasileiro, "Fabricando" uma bactéria "Nós 'engenheiramos' uma bactéria que pudesse responder a estímulos. Queríamos uma bactéria que pudesse fazer o balanço do Sistema Imunológico de um organismo. Então, numa situação do indivíduo estar sob estresse, ela perceberia isso e iria desencadear uma resposta do sistema imunológico. "Como é um projeto inicial, nós estávamos montando a bactéria para que, em laboratório, ela pudesse responder aos estímulos. Em nenhum momento pleiteamos fazer experimentações com células humanas ou com tecidos humanos", ressalvou. A integrante da equipe Izabella Pena Neshich disse que a competição foi "uma grande oportunidade de aprender, trocar experiências e crescer cientificamente". Ela explicou que o projeto da equipe foi batizado com o nome de Stress Wars, pelo grande potencial da bactéria em 'lutar' contra os efeitos do estresse no organismo. O nome, segundo ela, é um trocadilho que brinca com a famosa série norte-americana de ficção científica do cineasta George Lucas. Premiações A disputa foi promovida nos Estados Unidos pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e contou com 165 equipes das melhores universidades do mundo. Além de uma medalha de ouro conquistada na fase regional da competição em Indianápolis, o grupo se classificou entre os quatro melhores em sua área para a fase final da competição, realizada no MIT entre 5 e 7 de novembro. Vicentini revelou ainda que a organização do MIT pretende fazer uma competição regional na América Latina e a Unicamp poderá ser a instituição sede do evento no próximo ano. Além de Isabella, participaram, pela Unicamp, os pesquisadores Danieli Gonçalves, Juliana Canto, Marianna Favaro, Nemailla Bonturi e Marco Marinho. Pela Emse, integraram a equipe, Louise Marais, Claire Villette, Thibault Sabattier, Marc Emery e Iolanda Albuquerque. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=cientistas-criam-bacteria-sintetica-competicao-engenharia-genetica A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |