28/09/2015 Calendário biológico pode estar na glândula pituitáriaCom informações da BBC
Alguns animais, como o hamster siberiano, chegam a apresentar variações de aparência no decorrer das estações.[Imagem: Ben Saer/Frank Scherba]
Relógio biológico Cientistas acreditam ter descoberto a forma usada pelo corpo para rastrear a passagem das estações do ano, uma espécie de "calendário biológico". A equipe das universidades de Manchester e Edimburgo (Reino Unido) encontrou um grupo de milhares de células que podem existir tanto em "estado verão" como em "estado inverno". Em dias mais longos, as células mudam para o "modo verão", ocorrendo o oposto quando passa a anoitecer mais cedo. Segundo os pesquisadores, esse relógio anual determinaria quando animais procriam e hibernam e, em humanos, poderia alterar o relógio biológico. Glândula pituitária O grupo de 17 mil "células-calendário" foi encontrado na glândula pituitária, ou hipófise, que fica na base do cérebro e libera hormônios que controlam processos em todo o corpo. Segundo a equipe, as células têm um sistema binário, assim como um computador, e podem existir em um dos dois estados - elas podem produzir substâncias químicas de inverno ou de verão. A proporção de células-calendário em cada estado muda o ano todo, para marcar a passagem do tempo. "Aparentemente, há um curto período do ano, no meio do inverno e no meio do verão, em que elas estão todas juntas em um estado ou em outro," explicou o professor Andrew Loudon, membro da equipe. Entretanto, ainda não está claro como o corpo sabe quando é primavera ou outono nos momentos em que as células-calendário estão divididas - algumas no modo verão e outras no modo inverno. Ritmo circanual Esse relógio anual, conhecido como ritmo circanual, é uma espécie de primo de longo prazo do ritmo circadiano, que é diário e que nos mantém acordados na hora certa. O padrão anual é usado para marcar o início dos períodos de migração, hibernação e acasalamento entre os animais. Tanto o relógio biológico diário como o anual são controlados pela luz. Um exemplo disso é que o hormônio do sono, a melatonina, tem maior produção no inverno, quando os dias são mais escuros. "Nós sabemos há algum tempo que a melatonina é importante para esses ritmos de longo prazo, mas como e onde isso funciona não ficou claro até agora," afirma Loudon. "O próximo passo é entender como nossas células marcam a passagem do tempo." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: https://diariodasaude.com.br./print.php?article=calendario-biologico-glandula-pituitaria A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |