17/11/2008

Brasil é exemplo mundial no combate à AIDS

Redação do Diário da Saúde

Combate à AIDS no Brasil

O Governo brasileiro garante tratamento gratuito para 200 mil soropositivos, uma cobertura de 95% de todos os infectados como HIV que desenvolveram a doença, representando uma barreira à sua propagação.

Segundo o Ministério da Saúde, isto faz com que o Brasil seja reconhecido internacionalmente pela adoção da política de acesso universal ao tratamento gratuito de HIV/aids na rede pública de saúde.

População de infectados

Um dos resultados positivos dessa política, que está completando 11 anos de existência, tem sido a ampliação do número de pessoas que recebem o tratamento com anti-retrovirais financiados pelo governo. Atualmente, o país tem 620 mil soropositivos, dos quais 200 mil estão em tratamento.

O restante inclui pessoas que têm o vírus, mas ainda não desenvolveram a doença, portanto não precisam do tratamento, além de portadores que sequer sabem que estão com o HIV. Em escala global, estima-se que hoje haja 10 milhões de pessoas que necessitem de tratamento para a Aids. Desse total, somente três milhões de pessoas têm acesso a esse tratamento.

Licenciamento compulsório

Alguns estudos que mostram que o acesso ao tratamento contribui para a diminuição da proliferação da doença. "Deter a propagação implica investir na prevenção. É o que o país vem fazendo ao universalizar o acesso ao tratamento.

Podemos citar como exemplo o licenciamento compulsório do anti-retroviral Efavirenz", comenta a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão.

O licenciamento compulsório dos medicamentos permite que o Ministério da Saúde importe versões genéricas do Efavirenz de laboratórios pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A qualidade, a segurança e a eficácia do medicamento importado oferecido aos pacientes brasileiros estão asseguradas pelos testes de bioequivalência e biodisponibilidade exigidos. O anti-retroviral Efavirenz é o medicamento importado mais utilizado no tratamento da doença. Atualmente, 38% dos pacientes usam o remédio nos seus esquemas terapêuticos.

Menor importância dos grupos de risco

Para Mariângela Simão, o Brasil tem conseguido deter a expansão da doença. Na década de 1990, o Banco Mundial estimava que, o país, no ano 2000, teria um milhão de infectados. "Chegamos ao ano 2000 com metade dessa estimativa, o que significa que estamos conseguindo estabilizar a incidência da aids", explica.

Segundo a diretora do Programa, o que vem mudando nos últimos anos é a categoria de exposição. No começo, eram os grupos de risco. Gradativamente, se transformou em uma epidemia de transmissão heterossexual, com um maior número de mulheres infectadas. No início, eram 26 casos da doença em homens para uma mulher. Hoje, a média é de 16 casos em homens para 10 em mulheres, com variações por faixa etária.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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