Complemento para vacinas
Cientistas suecos descobriram um novo tratamento que poderá ser usado contra uma ampla gama de vírus, funcionando como um complemento à vacinação.
Existem dois tipos de vírus. Um tipo é chamado de vírus nu, possuindo um invólucro de proteína envolvendo o genoma. No outro tipo, a casca da proteína é envolvida por uma membrana lipídica.
Vírus como influenza, RSV (vírus sincicial respiratório) e coronavírus, como as variantes predominantes durante a pandemia de covid-19, são todos do segundo tipo, conhecidos como vírus envelopados, possuindo uma membrana lipídica. Os flavivírus, transmitidos por carrapatos e mosquitos e causando doenças como a encefalite, também são desse tipo.
Abubakr Omer e seus colegas da Universidade de Orebro descobriram agora que um peptídeo consegue destruir esses vírus.
O peptídeo, chamado plantaricina (PLNC8αβ), destrói a membrana lipídica que é a marca registrada do segundo tipo de vírus.
"Essa membrana lipídica é estável e não sofre mutação. Mas, se a membrana for destruída, os vírus não podem se ligar às células humanas para se reproduzir e causar doenças," disse o professor Torbjörn Bengtsson, um dos coordenadores do estudo.
Agora, os pesquisadores vão trabalhar em conjunto com a indústria farmacêutica para desenvolver os tratamentos com base nessa descoberta.
"Podemos, por exemplo, desenvolver um spray nasal para ser usado em um estágio inicial da infecção, para evitar que o vírus se espalhe para os pulmões e para evitar que a pessoa infectada transmita o vírus," disse Hazem Khalaf, membro da equipe.
"No futuro, todos nós poderemos ter esse peptídeo pronto em nossos armários de banheiro - para ser usado imediatamente para combater a infecção viral," acrescentou Bengtsson.
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