Vigilância em Saúde
Ocorreu nesta semana em Brasília a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.
O evento reuniu mais de 2 mil pessoas de todos os estados do Brasil, que trouxeram as contribuições de conferências municipais, estaduais, distritais, macrorregionais e plenárias ao longo de 2017. Entre os participantes estavam acadêmicos, especialistas, conselheiros de saúde, trabalhadores, usuários e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo é consolidar uma proposta para a criação de uma política nacional de vigilância em saúde e para o fortalecimento das ações de proteção à saúde no país.
A vigilância em saúde está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos de prevenção de doenças. O tema se divide em vigilância epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador.
Promover a saúde e a vida
O diretor presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, destacou a importância da conferência para o aprofundamento da discussão e afirmou que um sistema de saúde que não promove a vigilância em saúde como parte "fundamental e estratégica" será sempre um sistema onde vai prevalecer "muito mais, a doença e a morte, que a saúde e a vida".
Barbosa ainda defendeu a institucionalização da política nacional do setor: "É uma lacuna nossa não haver uma política nacional de vigilância em saúde e que, diga-se claramente, essa é uma atividade fundamental ao SUS e nenhum sistema de saúde será efetivamente universal nem será integral se as ações de prevenção e promoção da saúde, em todas as suas áreas, não estiverem inseridas e não atuarem de forma integrada."
Vaias
A Emenda Constitucional 95, que criou um teto para os gastos públicos, foi amplamente criticada e apontada como uma ameaça para a garantia do acesso à saúde de qualidade pela população brasileira.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que tinha presença confirmada na abertura do evento, não compareceu. Representando o ministro, o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Adeílson Cavalcante, foi vaiado ao ser convidado a compor a mesa de abertura da conferência. Os protestos se repetiram durante seu discurso, com vaias e gritos de Fora Temer.
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