Suplementos de vitamina D e cálcio
Ao receitar suplementos de vitamina D, os médicos devem considerar cada paciente individualmente como tendo exigências diferentes, e não confiar nas diretrizes "tamanho único".
Este é o alerta feito pela Dra Sylvia Christakos, da Universidade Rutgers, e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA).
A mensagem a se tirar é que ainda está por ser atendida a necessidade de um consenso entre os médicos e cientistas não apenas sobre as recomendações de suplementos de vitamina D, mas até mesmo dos níveis de vitamina D que são saudáveis e daqueles que exigem intervenção, e de como medir esses níveis.
"Recomendações baseadas em estudos anteriores usaram um variedade de testes diferentes para os níveis de vitamina D e, não surpreendentemente, as diretrizes atuais variam," disse Christakos. "Por exemplo, não está claro se os níveis ideais de vitamina D são os mesmos para caucasianos, negros ou asiáticos. Atualmente, mais laboratórios estão implementando testes aperfeiçoados e esforços estão sendo feitos para padronizar os resultados de diferentes laboratórios".
O Instituto de Medicina dos EUA, por exemplo, estabelece que pessoas com menos de 20 nanogramas de vitamina D por mililitro de sangue têm deficiência da vitamina. Já a Sociedade Endócrina Norte-Americana estabeleceu um limiar mais alto, de 30 nanogramas. As variações entre os países podem ser ainda maiores.
Pode fazer bem ou pode fazer mal
A principal função da vitamina D é ajudar o corpo a absorver o cálcio. Sua deficiência pode causar atraso no desenvolvimento esquelético e raquitismo em crianças e pode contribuir para a osteoporose e aumento do risco de fratura em adultos.
Embora a falta de vitamina D seja sabidamente responsável por vários problemas, os efeitos de tomar suplementos de vitamina D são controversos, com alguns estudos concluindo que suplementos de cálcio e vitamina D não protegem contra fraturas e até mesmo que suplementos de cálcio e vitamina D fazem mais mal do que bem.
Os pesquisadores também salieantam que mais suplementação de vitamina D não necessariamente faz mais bem. Estudos anteriores mostraram que doses muito altas de vitamina D (300.000-500.000 UI ao longo de um ano) parecem aumentar o risco de fraturas.
Embora a suplementação de vitamina D tenha mostrado capacidade de reduzir a mortalidade geral e alguns estudos sugerirem que a vitamina D pode ser benéfica para a função imunológica, saúde cardiovascular e contra o câncer, a Dra Christakos afirma que um benefício consistente da suplementação de vitamina D ainda não foi demonstrado.
De fato, observa ela, a maioria dos estudos feitos até agora sobre o assunto sequer separa entre os participantes que eram inicialmente deficientes de vitamina D e aqueles que tinham a vitamina em níveis suficientes - mesmo porque, como ela salientou inicialmente, os testes disponíveis não dão resultados similares e não há consenso sobre o que é suficiente e o que não é.
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